Abordagem do paciente na Unidade de Terapia Intensiva- UTI



        Para receber um paciente na UTI, é necessário, ter grande conhecimento da fisiologia cardiopulmonar, farmacologia, fisiopatologia, doenças multisistêmicas e as abordagens.
         A decisão clinica, dentro de uma UTI é baseada em um tripé
>Conhecimento da patologia e a base para o tratamento geral
>Evidências fisiológicas e cientificas para as intervenções terapêuticas
>A experiência clinica
É necessário ter a qualidade do tratamento para garantir a recuperação do paciente.
O fisioterapeuta na UTI, precisa primeiro, realizar o diagnóstico em primeira linha, analisar os fatores que resultam nas alterações de oxigênio, para assim reconhecer os déficits. Reunir muitas informações de tratamento. Saber identificar as indicações e contra- indicações do tratamento e o melhor momento para abordar o paciente.
Importante entender, que na UTI, a insuficiência cardiopulmonar, pode implicar no estado neuromuscular, também contribui para as alterações, como, a diminuição do débito cardíaco, pressão sanguínea, hipoxemia, hipercapnia e o aumento da pressão intracraniana (PIC).
-Informações importantes para estabelecer o tratamento do paciente critico:
>Conhecer em detalhes a história do paciente, diagnósticos diferenciais, admissão na UTI, passado clínico, cirúrgico e social
>Conhecimento das medicações administradas, indicações, efeitos colaterais e aqueles que interferem na fisioterapia
>Conhecimento dos sinais vitais, frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA), saturação (Sat), cor da pele, temperatura, estabilidade hemodinâmica
> Conhecimento de exames laboratoriais, procedimentos, gasometria arterial, hemograma, eletrocardiograma (ECG), raio-x (rx), análise de urina, etc.
>Se o paciente estiver em ventilação mecânica, deve ter conhecimento, para escolher os parâmetros ventilatórios
>Avaliar diariamente inspeção, palpação, percussão, ausculta pulmonar, avaliação neuromusculoesquelética
>Revisar a indicação do tratamento de acordo com a evolução do paciente



-Objetivo da fisioterapia na UTI:
>Manter, restaurar a ventilação alveolar, perfusão, otimizar o transporte de oxigênio
>Prolongar respiração espontânea, para evitar, minimizar a necessidade de ventilação mecânica
> Minimizar trabalho respiratório e trabalho cardíaco
>Garantir conforto e alinhamento postural (para otimizar o transporte de oxigênio)
>Manter ou restaurar a mobilidade global, força, endurance, coordenação, respeitando as condições clinicas dos pacientes
>Estimular a deambulação (quando indicada), ficar de pé, sentar fora do leito, mudanças posturais
> Otimizar os resultados da fisioterapia com os membros da equipe multidisciplinar






-Monitoração: o tratamento fisioterapêutico dependerá, também do sistema de monitoração do paciente, pois estabelecem as indicações e contra- indicações, parâmetros, para a realização do tratamento e para avaliação do paciente.
-Agentes farmacológicos: o fisioterapeuta precisa conhecer os agentes farmacológicos, usados com frequência na UTI, pois assim, poderá potencializar o efeito e melhorar a resposta do tratamento.
Alguns medicamentos, causam deterioração nas condições do paciente.
Os broncodilatadores, sedativos, analgésicos, ajudam o paciente a contribuir com a fisioterapia. Os betabloqueadores, não terão mudanças na FC, PA, durante o exercício e podem contribuir para a fadiga. Os vasopressores, regulam a PA e FC e os pacientes irão mostrar respostas anormais aos exercícios. Os narcóticos, são associados a tranquilizantes e sedativos, aliviam as dores, porém, podem dificultar a fisioterapia, devido a sonolência, incapacidade de cooperação do paciente.
O fisioterapeuta irá trabalhar para adiar, reduzir e evitar a indicação de suporte ventilatório, na prevenção de efeitos decorrentes da longa permanência no leito e da imobilidade.
-Alta da UTI: para o paciente receber alta da UTI, é preciso que o mesmo esteja com a respiração espontânea, tosse com ou sem assistência, com expectoração de secreção. O fisioterapeuta precisa documentar o tratamento realizado, observações decorrentes da permanência na UTI, para que a equipe responsável, possa continuar com o tratamento, sem riscos de piora ou interrupções perante as condições clinicas do paciente.
-Trabalho em equipe:  essencial para o adequado tratamento e cuidado. Necessário que a equipe discuta as observações, sobre a evolução do paciente, objetivos. O fisioterapeuta é consultado para analisar a deambulação, posicionamento no leito e fora do leito, e os cuidados pessoais do paciente.
-Controle de infecções: os pacientes internados na UTI, estão suscetíveis a infecções, para isso é importante que os profissionais façam a lavagem adequada das mãos, após finalizar o atendimento e entre os pacientes. Deve ensaboar as mãos por 30 segundos, ou mais e enxágua-las, após contato com secreções, fezes, urina, feridas. Para a própria proteção, o profissional deverá usar luvas, capote, avental,  gorro, máscaras e óculos.




*Dúvidas, entrem em contato por aqui nos comentários ou  via e-mail rapha.paiva90@gmail.com

























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