Prolapso do órgão pélvico


                

            Antes de entender o que é o prolapso de órgão pélvico, é necessário conhecer a anatomia do assoalho pélvico feminina.
-Anatomia: pelve protege os importantes órgãos pélvicos para dar um suporte ao tronco, transferência do peso corporal para os membros inferiores, para deambular e sentar, através da tuberosidade do ísquio.
A pelve consiste em dois ossos ilíacos, sacro, cóccix, que se articulam com a sínfise púbica, articulações sacrilíacas, lombosacral e sacrococcígea para formar um anel ósseo.
                      
          

E na cavidade pélvica se encontra os órgãos do aparelho urogenital, a porção final do tubo digestório e o canal do parto. Na região inferior da pelve tem o assoalho pélvico, com  o diafragma pélvico, ligamentos, fáscias, que sustentam os órgãos internos ( útero, bexiga, reto), gera ação esfincteriana para vagina, uretra, reto e feto no parto normal.



O assoalho pélvico é composto por inúmeras camadas musculares que estendem-se do púbis ao cóccix, dando suporte inferior da cavidade abdmonopélvica, com dois grupos musculares (diafragma urogenital e o pélvico).
O diafragma pélvico é formado pelos músculos elevadores do ânus (pubococcígeo, iliococcigeo e puboretal), músculos ísquiococcígeos, fáscias de revestimentos inferior e superior, tecidos extraperitoneal e ligamentos puboversical que firmam o colo do útero e as paredes da pelve.
A fáscia do revestimento superior reveste músculos levantadores do ânus e os ísquiococcígeo e a fáscia inferior reveste os músculos.
O diafragma urogenital gera suporte inferior para o assoalho pélvico, sendo composto pelos músculos isquíocavernoso, transverso superior, bulboesponjoso, transverso superficial e o profundo do períneo, dão estabilidade ao períneo, sustentam o esfíncter anal e a região inferior da vagina.



Caracterizado pela queda e anormalidade da posição dos órgãos (vagina, uretra, bexiga, reto, intestino), devido a fraqueza ou flacidez dos tecidos pélvicos, que dão suporte.

         Estes órgãos empurram a parede vaginal, gerando tumefação. Estima-se que 50% das mulheres multíparas, apresentam algum grau de prolapso genital, sendo que 20% são assintomáticas.
         -Incidência: comum em idosas e mulheres que tiveram mais de um filho.
-Etiologia: perda do suporte do tecido conjuntivo, fáscias, ligamentos e músculos.
         Estas condições afetam a musculatura e a inervação do diafragma pélvico, alterando a sua função de sustentar as vísceras pélvicas.
         O trauma de parto é a fonte mais comum de deficiência do assoalho pélvico. É discutido sobre a possibilidade da lesão, vir da origem da gravidez, trabalho de parto ou o tamanho do feto.
         Aumento crônico da pressão intra-abdominal, por obesidade ou doenças respiratórias associadas por tosse.
         Atividades profissionais que exijam esforços abdominais prolongados, com aumento repetitivos na pressão abdominal.
Defeitos estruturais ou bioquímicos da fáscia endopélvica, contribuem também para o prolapso genital.
-Quadro clinico: pressão ou sensação de peso vaginal e visualização de protrusão do tecido vaginal e dificuldades na penetração durante a relação sexual.
-Classificação: dependendo do órgão o exame físico. Divide-se em: 



*Cistocele: solicita que a paciente faça Valsalva e com o especulo vaginal, para retrair a parede vaginal posterior, fica em evidencia a bexiga na face anterior da parede vaginal. Disfunção da parede vaginal anterior.
*Retocele: paciente faz Valsalva e com o espéculo vaginal, para retrair a parede vaginal anterior, fica em evidencia o reto, sob a face vaginal posterior.
*Prolapso uterino: paciente faz Valsalva, fica em evidencia o útero, devido a disfunção da região apical da vagina, devido a ruptura da ligação do complexo ligamentar cardinal ultrassacro.
Estes prolapsos são classificados em 3 grupos, são eles:
*Grau 1: prolapso não atinge o introito
*Grau 2: prolapso atinge o introito
*Grau 3: prolapso ultrapassa o introito

         -Fisioterapia: as cirurgias são indicadas para a correção do prolapso, porém os resultados são ruins, devido as chances de recidiva e o desejo de mulheres em outros filhos.
         Em 1999, a OMS (Organização mundial da saúde), decretou que a fisioterapia, seja a primeira forma de tratamento, para o prolapso de órgãos e incontinência urinária.
         O tratamento inclui e o auto-conhecimento do períneo e  as musculaturas envolvidas e suas ações, conscientização e isolamento dos músculos agonistas e antagonistas, aumento do reflexo dos músculos do assoalho pélvico nas atividades de vida diária e o fortalecimento muscular.
A-  Sente-se em uma cadeira, afaste os joelhos e os pés, dobre o tronco e apoia os cotovelos nos joelhos
B-  Pense que está tentando evitar, a saída de gases e urina. Deve sentir uma contração e levantar a região da vagina e o ânus. 
Exercícios de ponte, deitado no chão, joelhos flexionados e os pés totalmente apoiados, elevar o quadril, contrair a musculatura do assoalho pélvico , contar até 5 segundos, descer o quadril.
Sentada numa bola suíça, com as mãos na cintura, deslizar o quadril para frente e para trás, contrair o assoalho pélvico, repetir 10x.









*Dúvidas e perguntas entrem em contato por aqui nos comentários ou  via e-mail rapha.paiva90@gmail.com


























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