Fisioterapia no câncer de mama- Especial Outubro Rosa


                 
                 A fisioterapia irá acompanhar mulheres com câncer de mama, já no pré- operatório. Pois estas pacientes serão orientadas quanto á postura que irão adotar, durante o pós- operatório e também sobre a importância da aderência e reabilitação.
É importante que as pacientes recebam estas orientações de exercícios, o mais cedo possível, pois melhor será a resposta no tratamento.
Os exercícios de mobilização precoce de membros superiores, precisam ser de amplitude limitada, do inicio até o PO15, podem incluir exercícios leves, dinâmicos e posturais, automassagem para drenagem linfática.
No PO15 em diante, a reabilitação se torna mais ativa. A amplitude de movimento precisa ser alcançada no menor espaço de tempo possível, importante considerar as queixas e dificuldades de cada paciente.
As mulheres que foram submetidas a mastectomia, que passam por fisioterapia, retornam rapidamente para suas atividades de vida diária, prática de exercícios físicos, readquirir melhor sua amplitude de movimento, força muscular, postura adequada, auto- estima e reduz complicações no pós- operatório e tem melhor qualidade de vida.
-Linfedema: a cirurgia pode resultar em linfedema, que é resultado do acumulo anormal e crônico de proteínas. Estudos comprovaram que o linfedema de membros superiores, se deve pela obstrução do fluxo linfático da axila. Qualquer redução na capacidade de se drenar líquidos do interstício para a corrente sanguínea, causará alterações no tecido cutâneo da região afetada do corpo.
Pode gerar desconfortos, dificuldade funcional nas extremidades, dores, depressão e ansiedade.

          

A fisioterapia no pós- operatório permitirá a eliminação ou impedirá que novos problemas possam surgir, irá reintegrar o lado operado com o restante do corpo, diante das atividades diárias. Prevenir outras complicações que possam acometer pacientes com câncer de mama.
Quando a redução da amplitude de movimento ocorre, se deve a mastectomia radical, ou seja, a retirada do peitoral maior e menor, ou o nervo Bell é traumatizado temporariamente, durante a dissecção axilar, gerando na fraqueza do músculo serrátil, desestabilizando a escápula e compromete a abdução do ombro, no lado acometido.
-Fisioterapia Complexa Congestiva: técnica composta por drenagem linfática manual, com enfaixamento compressivo, exercícios de cuidados com a pele. Realizada em duas fases, a primeira é o tratamento, cujo objetivo é mobilizar a linfa acumulada, reduzir a fibrose tecidual e o volume do membro, uso de enfaixamento compressivo (com bandagens de baixa elasticidade), drenagem linfática manual, exercícios miolinfocinéticos para ativar a circulação linfática e cuidados com a pele. Esta fase tem uma duração média de 5 semanas de tratamento, onde o fisioterapeuta acompanhará a evolução, através das medidas dos membros. E na segunda fase, denominada de manutenção, com uso de bandagens de baixa elasticidade a noite, durante o dia, faz o uso de meias de compressão, com exercícios diários, auto massagem de drenagem linfática, cuidados com a pele, controle de peso, importante ter a participação da própria paciente nesta fase, para que assim tenha o sucesso no tratamento.


-Drenagem linfática manual: pode ser usada isoladamente no linfedema, quando está em fase inicial. O objetivo irá direcionar o edema para as vias que se mantém integras, após a cirurgia. A linfa pode ser movimentada pela região anterior e posterior através da anastomoses.


-Linfotaping: técnica derivada do Kinesiotaping, é uma das formas de aplicação do conceito inicial para problemas com origem circulatório- linfática. Tem a propriedade de elevar a pele, para assim favorecer a abertura das vias linfáticas superficiais na área afetada, impulsionando o fluxo linfático. O linfotaping facilita o fluxo linfático por 3-5 dias com seu uso. Pode ser usada em cicatrizes hipertróficas com fibrose e regiões com hematomas favorecendo sua absorção. A paciente pode tomar banho sem tirar a bandagem, pois o material é resistente  a água e pode durar até 4 dias.


           -Auto massagem linfática:  importante realizar essa auto massagem, com objetivo de acelerar a reabsorção do liquido congestionado no membro. Deve ser usada com a ativação dos linfonodos axilares contralaterais e inguinais homolaterais direcionando para os linfonodos, a fim de conduzir a linfa da região edemaciada. Deve ser feita até 3 vezes ao dia.



-Exercícios miolinfocinéticos: os exercícios mobilizam a linfa e favorecem o direcionamento para os linfonodos livres e sua absorção. Os movimentos de membros superiores, são feitos em todas as amplitudes. Pode usar bastões, bolas e outros acessórios.


     -Cuidados com o Linfedema, evitar: realizar esforços, como carregar peso; movimentos repetitivos, verificar pressão arterial no lado operado, tomar injeções e soro no membro operado, usar relógios, pulseiras e anéis apertados; raspar axilar do lado operado, usar substâncias irritantes; ingerir alimentos industrializados.
          -Complicações cicatriciais: o tecido cicatricial pode aderir tendões, ligamentos, articulações, tecido conjuntivo e pele. São comuns as deiscências (abertura da cicatriz). O fisioterapeuta contribuirá com a liberação miofascial, massagens e preservação da área.



ATENÇÃO:Como explicado em postagens anteriores, a mamografia é um exame muito importante, e neste mês temos a oportunidade de realizá-lo gratuitamente, conforme cronograma abaixo. PARTICIPEM E DIVULGUEM!!



*Dúvidas e perguntas entrem em contato por aqui nos comentários ou  via e-mail rapha.paiva90@gmail.com














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