Lombalgia e Lombociatalgia





          Antes de aprofundar as explicações sobre lombalgia, é necessário conhecer a anatomia da coluna.
         -Anatomia: a coluna vertebral é composta por inúmeros ossos, que são conhecidos como vértebras; estas por sua vez são divididas em- cervical (pescoço) 7 vértebras; torácica (tronco) 12 vértebras; lombar (cintura) 5 vértebra; sacro (quadril) 5 vértebras fundidas e por fim, o cóccix (região final da coluna) até 5 vértebras fundidas.



          Na região anterior do tórax, está o osso esterno e as costelas.



     A coluna, quando observada de frente ou de costas, é reta; mas se observada lateralmente, nota-se as curvaturas referentes a cada região, cifose e lordose.
          

      -Medula espinhal: estrutura de forma cilíndrica, localizada dentro do canal vertebral. É a porção alongada do encéfalo, tem início no crânio e estende-se até a segunda vértebra da lombar; pode medir até 46 centímetros. E na sua porção final, se localiza as ramificações, conhecida como cauda equina. A medula dá origem a 31 pares de nervos, que saem da coluna, através dos orifícios de conjugação.


      -Ligamentos: formado por tecido fibroso, que conectam um ou mais ossos; sua principal função é dar estabilidade, e na coluna unem as vértebras. São estáticos, não se contraem e não se movimentam voluntariamente.



     -Músculos: os principais músculos estabilizadores da coluna são:
Primários: dão estabilidade a coluna, multífidos lombares, músculo transverso do abdome.
Secundários: irão auxiliar os músculos primários; reto do abdome, paravertebrais, iliopsoas, quadríceps, glúteo máximo.


  -Movimentos da coluna: a coluna tem várias funções, proteger a medula, coordenar e gerar movimentos entre os membros superiores e membros inferiores.
    Flexão anterior de tronco: movimento mais comum de ser feito. Nesta ação os orifícios de conjugação, localizados entre as vértebras aumentam de tamanho, logo as facetas articulares e as raízes articulares se afastam. Mas as pressões geradas no disco, de acordo com os deslizamentos anteriores da vértebra em relação a outra, provocam achatamentos, alterações e dores. 
  
  Flexão posterior de tronco: com este movimento, tem a aproximação das facetas articulares e os orifícios de conjugação se fecham. A pessoa com este padrão de movimento, apresenta hiperlordose, o que facilita os desgastes das articulações.
                                


  Rotação: estes movimentos, normalmente são realizados com extensão, flexão e flexão lateral; estas ações em conjunto, levam a tensões e atritos nos discos intervertebrais. 
       Flexão lateral: movimentos raros de serem realizados, comum em academias, Pilates e outras modalidades esportivas.







 As dores na lombar, são frequentes, atinge pessoas jovens e até com idade avançada, o que leva ainda mais o público a procurar um médico.
A lombalgia, necessita de atenção e leva a sintomas que podem ser incapacitantes, porém sem o devido tratamento, prejudica e muito a qualidade de vida do paciente.
-Causas: o principal fator para gerar a lombalgia é a postura adotada, decorrente das muitas horas sentados no trabalho, ao deitar, ao realizar atividades básicas do dia-a-dia. Outras causas são infecções, hérnia de disco, artrose, escorregamento de vértebra, sedentarismo, obesidade, fatores genéticos, envelhecimento e o emocional.
A dor localizada na região lombar, pode ser aguda e crônica. A aguda dura até 6 meses, já a dor crônica pode acompanhar a pessoa, durante toda a sua vida. Leva a sensação de “coluna travada”, limitação de movimentos e muita dor.
-Incidência: pode atingir 85% das pessoas, em algum momento da vida e anualmente atinge 65%. Já a população mundial é a prevalência de 11%, o que leva ao aumento de atendimentos na saúde.
      -Diagnóstico: exames clínicos, raio x, tomografia computadorizada, ressonância magnética, auxiliam para determinar a lesão e a região exata da coluna.
-Orientações: não dormir de bruços (barriga pra baixo), correto é deitar-se com travesseiro entre os joelhos ou barriga pra cima, com travesseiro atrás dos joelhos, importante escolher um colchão nem duro e nem mole. Não sentar em cadeiras que possam reclinar para trás, pegar objetos no chão, o ideal é agachar fletindo os joelhos próximo ao objeto.






Dor ciática, ciatalgia; é a dor em todo o trajeto do nervo ciático, inicia na lombar, passa pelas nádegas e vai até a região baixa de uma ou das duas pernas.
         O ciático é o nervo mais longo do corpo humano. A dor aparece, quando este nervo, está inflamado, através da compressão externa, deslocamento do disco intervertebral ou contratura muscular.



    -Sintomas: espasmos na região baixa da coluna e no trajeto do nervo ciático, sensação de pontada, queimação, gera formigamentos, parestesia, fraqueza muscular da perna afetada.
    -Causas: traumatismo, desvio dos discos (L4, L5, S1), hérnia de disco, espasmos e fadiga do músculo piramidal.
      -Diagnóstico: testes físicos como o Laségue, SLR.
Laségue- paciente em decúbito dorsal, eleva-se a perna passivamente, com o joelho em completa extensão. Será positivo, caso o paciente refira dor na face posterior da perna com 30° de elevação.




   -Fisioterapia: irá diminuir a dor, diminuir o espasmo muscular, aumentar a mobilidade articular e dos tecidos moles, fortalecer os músculos profundos da coluna, melhorar grau de estabilidade, melhorar condicionamento físico, corrigir a postura e o equilíbrio.
  Terapia manual, mesa de tração eletrônica, estabilização vertebral, Pilates, ponte, alongamento, exercícios aeróbicos de baixa intensidade.












  *Dúvidas e perguntas entrem em contato por aqui nos comentários ou  via e-mail rapha.paiva90@gmail.com


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Meralgia Parestésica

Benefícios do alongamento

Hidroterapia